domingo, 10 de junho de 2012

Executivo da Yoki e sua esposa frequentavam Igreja Anglicana, e eram conhecidos por ajudar em creche da igreja

Um homem discreto. Assim Marcos Kitano Matsunaga, 42, é descrito pelos vizinhos do edifício Roma, na Vila Leopoldina, zona oeste de SP, onde vivia em uma cobertura avaliada em R$ 1,5 milhão. Ele foi assassinado e esquartejado. A mulher confessou o crime nesta quarta-feira, segundo a polícia.

Marcos Kitano Matsunaga

Todas as manhãs, o administrador formado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) caminhava 22 metros em direção a um mercadinho local, onde comprava pão, sempre sozinho, dizem funcionários.

Na igreja que ele frequentava, a Catedral Anglicana de São Paulo, poucos sabiam que o homem oriental que assistia à missa ao lado da mulher loira e da filha de cerca de um ano era um executivo tão importante, afirma o reverendo Aldo Quintão.

"Ele era um homem muito discreto. Nunca levou um pacote de farinha ou algo que demonstrasse que era um membro da família Yoki."

O empresário e a mulher Elize, 30, passaram a frequentar a igreja anglicana há cerca de três anos, quando se casaram. Lá batizaram a filha.

Ele era diretor executivo da Yoki, uma das maiores empresas alimentícias do Brasil e que foi vendida no mês passado por cerca de R$ 1,75 bilhão para o grupo norte-americano General Mills.

Matsunaga era divorciado --tinha outra filha de três anos do primeiro casamento-- e a catedral anglicana, ao contrário da católica, aceitava a nova união religiosa.

Não dá para você matar uma pessoa e depois esquartejar dentro de casa com um filho por perto”. Segundo o G1, o vigário informou que o casal era reservado, e frequentava a igreja junto com a filha.

De acordo com o reverendo, o casal começou a frequentar a igreja na época em que se casaram no local, onde também foi realizado o batizado se sua filha.

Segundo Quintão, o reverendo Renê, que realizou o casamento de Elize e Marcos e batizou a filha do casal, está atendendo a família do executivo, que está muito abalada com sua morte.

De acordo com a Folha.com, na igreja, poucos fiéis sabiam que o homem oriental que assistia à missa ao lado da mulher loira e da filha de cerca de um ano era um executivo tão importante. Discreto, o casal preferia frequentar a unidade da igreja na Vila Brasilândia, na periferia da zona norte, e não a da Chácara Flora, na zona sul, onde costumam ir os fiéis de maior poder aquisitivo.

Na Vila Brasilândia a igreja mantém uma creche. Os dois, segundo o reverendo, costumavam doar brinquedos para as crianças.

"Eles faziam questão de embalar e entregar pessoalmente", afirma.