Um
homem discreto. Assim Marcos Kitano Matsunaga, 42, é descrito pelos vizinhos do
edifício Roma, na Vila Leopoldina, zona oeste de SP, onde vivia em uma
cobertura avaliada em R$ 1,5 milhão. Ele foi assassinado e esquartejado. A
mulher confessou o crime nesta quarta-feira, segundo a polícia.
Marcos Kitano Matsunaga |
Todas
as manhãs, o administrador formado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) caminhava
22 metros em direção a um mercadinho local, onde comprava pão, sempre sozinho,
dizem funcionários.
Na
igreja que ele frequentava, a Catedral Anglicana de São Paulo, poucos sabiam
que o homem oriental que assistia à missa ao lado da mulher loira e da filha de
cerca de um ano era um executivo tão importante, afirma o reverendo Aldo
Quintão.
"Ele
era um homem muito discreto. Nunca levou um pacote de farinha ou algo que
demonstrasse que era um membro da família Yoki."
O
empresário e a mulher Elize, 30, passaram a frequentar a igreja anglicana há
cerca de três anos, quando se casaram. Lá batizaram a filha.
Ele
era diretor executivo da Yoki, uma das maiores empresas alimentícias do Brasil
e que foi vendida no mês passado por cerca de R$ 1,75 bilhão para o grupo
norte-americano General Mills.
Matsunaga
era divorciado --tinha outra filha de três anos do primeiro casamento-- e a
catedral anglicana, ao contrário da católica, aceitava a nova união religiosa.
Não
dá para você matar uma pessoa e depois esquartejar dentro de casa com um filho
por perto”. Segundo o G1, o vigário informou que o casal era reservado, e
frequentava a igreja junto com a filha.
De
acordo com o reverendo, o casal começou a frequentar a igreja na época em que
se casaram no local, onde também foi realizado o batizado se sua filha.
Segundo
Quintão, o reverendo Renê, que realizou o casamento de Elize e Marcos e batizou
a filha do casal, está atendendo a família do executivo, que está muito abalada
com sua morte.
De
acordo com a Folha.com, na igreja, poucos fiéis sabiam que o homem oriental que
assistia à missa ao lado da mulher loira e da filha de cerca de um ano era um
executivo tão importante. Discreto, o casal preferia frequentar a unidade da
igreja na Vila Brasilândia, na periferia da zona norte, e não a da Chácara
Flora, na zona sul, onde costumam ir os fiéis de maior poder aquisitivo.
Na
Vila Brasilândia a igreja mantém uma creche. Os dois, segundo o reverendo,
costumavam doar brinquedos para as crianças.
"Eles
faziam questão de embalar e entregar pessoalmente", afirma.
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