A
normativa, que será apresentada no Parlamento na semana que vem e deve ser
votada em 2013, permitirá que as igrejas da Inglaterra e de Gales realizem
estas cerimônias, embora não sejam obrigadas.O Governo britânico incluirá na
lei de casamentos homossexuais a possibilidade de permitir que casais do mesmo
sexo possam selar a união em templos religiosos, anunciou nesta sexta-feira o
primeiro- ministro do Reino Unido, David Cameron.
“Sou
um completo partidário do casamento e não quero que os homossexuais sejam
excluídos desta grande instituição. Mas se há alguma igreja, sinagoga ou
mesquita que não queira celebrar um casamento gay, em nenhum caso serão
forçadas”, assegurou o “premier” britânico, que dará liberdade de voto a seu
Partido Conservador com relação a esta lei.
O
vice-primeiro-ministro e líder do Partido Liberal-Democrata, Nick Clegg, também
apoiou a normativa e destacou que “é o momento de permitir que qualquer casal,
não importa qual seja, se case conforme a vontade”.
As
organizações de defesa dos direitos homossexuais, como “Out4Marriage”, também
celebraram a medida que permitirá que as igrejas “decidam livremente se querem
permitir que os casais gays se casem ou não”.
De
qualquer modo, outros ainda veem algumas lacunas na proposta, como o ativista
Peter Tatchell, que lamentou que a lei não contemple as uniões civis entre
casais heterossexuais.
Apesar
da rejeição da Igreja Anglicana e da Católica a esta lei, outros grupos
religiosos presentes no Reino Unido como os judeus liberais, os unitaristas ou
os quackers receberam o anúncio com satisfação.
No
entanto, alguns membros do Partido Conservador, assim como defensores do
casamento “tradicional”, criticaram a legislação, como o deputado Stewart Jackson,
que qualificou o primeiro-ministro de “arrogante” por incluir esta cláusula em
sua proposta.
Colin
Hart, diretor da campanha “Coalition for Marriage” (Coalizão pelo Casamento),
assinalou que a decisão de abrir a porta das igrejas para realizar casamentos
entre homossexuais é “uma proposição profundamente antidemocrática para
reescrever o sentido tradicional do casamento” e a qualificou de
“decepcionante”. Informações EFE.
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