John-Henry Westen
Quebec, Canadá, 18 de
junho de 2012 (LifeSiteNews.com) — No que está sendo apregoado como o “primeiro
no mundo”, um grupo de ativistas homossexuais de Quebec lançou um “banco de
dados para registrar de ações homofóbicas”, com apoio e financiamento da
Secretaria de Justiça do Governo de Quebec.
Em conjunto com o chefe de
polícia da cidade de Montreal, Johanne Paquin, e o comandante Alain Gagnon, o
grupo Gai Ecoute (Escuta Gay), lançou o canal de denúncias anônimas hoje em uma
comitiva de imprensa.
Dentre as definições de
atos classificados como “homofóbicos” e considerados passíveis de denúncia
estão: “quaisquer palavras ou atos negativos direcionados a homossexuais ou à
homossexualidade em geral: abuso físico ou verbal, intimidação, assédio,
pichações ofensivas, abusos, zombarias injuriosas, cobertura inapropriada da
mídia e discriminação”.
Um comunicado à imprensa
do grupo afirma que qualquer pessoa que sofrer ou testemunhar um ato de
homofobia “deve” denunciá-lo ao canal.
O apoio e o financiamento
da iniciativa vêm do departamento de “A Luta Contra a Homofobia” da Secretaria
de Justiça de Quebec. O Ministério da Justiça recebeu a tarefa de combater a
homofobia em 2008, e no ano passado prometeu investir US$7 milhões em
atividades “anti-homofobia”.
LifeSiteNews falou
brevemente com Roger Noël, coordenador do Departamento de Luta Contra a
Homofobia da Secretaria de Justiça. Noël se recusou a responder perguntas sobre
o canal de denúncias e sugeriu que procurássemos o Gai Ecoute ou a Secretaria
de Comunicações do governo de Quebec. As
ligações para a Secretaria de Comunicações não foram retornadas em tempo para a
publicação desta notícia.
Laurent McCutcheon,
presidente do Gai Ecoute, ostentou que o canal era o primeiro do tipo no mundo.
“Nós o criamos para saber a real situação da homofobia”, afirma. “A organização
e a análise desses dados irão identificar melhor o problema e nos permitirá
agir a nível de prevenção”.
Georges Buscemi,
presidente do grupo pró-vida e pró-família Campagne Quebec de Montreal, disse
para LifeSiteNews que o canal é um “meio de instigar um clima de opressão e
medo a qualquer um que discorde de quaisquer opiniões do movimento homossexual
de Quebec”.
“Qualquer um que venha a
acreditar que as ações homossexuais sejam inaceitáveis no âmbito moral” está
recebendo um aviso “de que acabará na lista”, afirma. “É uma lista para ser
usada para um propósito futuro, que, na minha opinião, será o de punir”.
Busceni deu exemplos das
possíveis represálias: a retirada do estatuto de caridade das igrejas e do
emprego de professores. “É o começo de
uma leve perseguição”, sugere. “Trata-se realmente de instigar um clima de medo
por meio da mídia, principalmente com a presença da polícia. Qualquer crítica
será interpretada como homofobia, e mais cedo ou mais tarde haverá
consequências”.
Fonte: lifesitenews
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