terça-feira, 29 de maio de 2012

Associação de gays e lésbicas pede retirada de comercial da Schin por considerar "discriminatória"

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) enviou nesta segunda-feira um ofício ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pedindo a imediata retirada do ar de um comercial da cerveja Nova Schin. Em nota, a associação diz que o comercial é discriminatório e debocha dos travestis.




Narrada por um repentista, a propaganda é ambientada numa festa de São João. Um grupo de cinco amigos toma uma Nova Schin quando aparece uma mulher caminhando na rua. Um deles, "Marcão, garanhão, rápido como um coristo, partiu em direção a ela, mas quando a reparou, vixe, deu inté dó: olhou o tamanho do pé, o volume e o gogó, mas constatou que a sua paixão de noite era Maria, mas de dia era João". Marcão fica constrangido, e os quatro amigos dele, sentados e observando de longe, riem da situação. Na última cena da propaganda, porém, o homem vestido de mulher senta na mesa e toma cerveja com o grupo.

Assista o comercial e tire as suas conclusões:





“O comercial contribui para referendar e banalizar essa discriminação, ridicularizando a personagem travestida”, diz na nota o presidente da ABGLT, Toni Reis. O texto cita uma pesquisa feita na Parada LGBT de São Paulo em 2005, segundo a qual 77% dos travestis e transexuais afirmaram já ter sofrido agressão verbal ou ameaça de agressão em virtude de sua sexualidade.

“Ao mesmo tempo em que entendemos que é preciso ter bom humor, não se deve utilizar-se da fragilidade de uma população para vender um produto. Isto não é condizente com o preceito constitucional da dignidade humana”, acrescenta Reis.

A ABGLT se define como uma entidade de abrangência nacional, fundada em 1995, congregando 257 organizações com o objetivo de defender e promover a cidadania dessa parte da população.

Fonte: O Globo

Jhunior Silva

Há algum problema você optar entre um travesti e uma mulher e você escolher uma mulher? Obviamente que não, porém, como o movimento ABGLT estão trabalhando fortemente nos bastidores da política no que tange a tal da lei homofobia, até uma simples escolha normal e sabia é pretexto para ser ofensiva e discriminatória, fracamente!