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Brasil registrou 38,8 mil casos novos da Aids este ano, sendo mais da metade
entre os jovens de 15 a 24 anos. Nesse grupo, diz o Ministério da Saúde, o
maior fator de risco é o de homens que fazem sexo com homens. Os dados fazem
parte do novo Boletim Epidemiológico da doença, divulgado nesta terça-feira
(20), parte das ações em referência ao Dia Mundial de Luta contra a Aids,
celebrado no próximo 1º de dezembro.
O evento faz parte das ações do Dia Mundial de Luta contra
a Aids, celebrado no próximo dia 1º de dezembro Mais Elza Fiuza/ABr Segundo o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o crescimento da taxa de jovens
homossexuais infectados no país está ligado à falta de compromisso com a
prevenção, e não à ausência de informação: “mais de 80% desse grupo sabe que
preservativo é importante, mas só 50% usa na primeira relação sexual [com o
companheiro] - e o índice cai ainda mais quando eles partem para relações
duradouras.”
“Estamos absolutamente convictos que existe uma geração de
brasileiros que não está sensibilizada com relação à proteção do HIV. É uma
nova geração que não viveu o enfrentamento da luta contra a Aids, que não
perdeu ídolos da música e do esporte", diz o ministro. "Precisamos
sensibilizar esses jovens sobre prevenção e sexo seguro."
Um em cada
quatro brasileiros infectados com o vírus da Aids desconhece sua situação
Tratamento precoce reduz vírus da Aids em 70% dos pacientes tratados no Brasil
Número de mortes por Aids no mundo cai pelo 5º ano consecutivo, diz ONU De
acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, a
infecção do vírus atinge 0,42% da população entre 15 anos e 49 anos, o que
representa 0,52% dos homens e 0,31% das mulheres no país em 2010. O maior
volume ainda está concentrado nos grandes centros urbanos.
A região Sudeste
lidera o índice, mas apresenta redução nas taxas de incidência de 27,5 casos
para cada 100 mil pessoas, em 2002, para 21 para cada 100 mil, em 2011. Nas
regiões Sul, Norte e Nordeste, há tendência de aumento, o que preocupa o
governo – já o Centro-Oeste mantém comportamento similar ao da média do país.
Fonte: bol
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