sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Jovens homossexuais são maioria dos casos novos de Aids no Brasil, diz boletim do governo


O Brasil registrou 38,8 mil casos novos da Aids este ano, sendo mais da metade entre os jovens de 15 a 24 anos. Nesse grupo, diz o Ministério da Saúde, o maior fator de risco é o de homens que fazem sexo com homens. Os dados fazem parte do novo Boletim Epidemiológico da doença, divulgado nesta terça-feira (20), parte das ações em referência ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no próximo 1º de dezembro. 


O evento faz parte das ações do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no próximo dia 1º de dezembro Mais Elza Fiuza/ABr Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o crescimento da taxa de jovens homossexuais infectados no país está ligado à falta de compromisso com a prevenção, e não à ausência de informação: “mais de 80% desse grupo sabe que preservativo é importante, mas só 50% usa na primeira relação sexual [com o companheiro] - e o índice cai ainda mais quando eles partem para relações duradouras.” 

“Estamos absolutamente convictos que existe uma geração de brasileiros que não está sensibilizada com relação à proteção do HIV. É uma nova geração que não viveu o enfrentamento da luta contra a Aids, que não perdeu ídolos da música e do esporte", diz o ministro. "Precisamos sensibilizar esses jovens sobre prevenção e sexo seguro." 

Um em cada quatro brasileiros infectados com o vírus da Aids desconhece sua situação Tratamento precoce reduz vírus da Aids em 70% dos pacientes tratados no Brasil Número de mortes por Aids no mundo cai pelo 5º ano consecutivo, diz ONU De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, a infecção do vírus atinge 0,42% da população entre 15 anos e 49 anos, o que representa 0,52% dos homens e 0,31% das mulheres no país em 2010. O maior volume ainda está concentrado nos grandes centros urbanos. 

A região Sudeste lidera o índice, mas apresenta redução nas taxas de incidência de 27,5 casos para cada 100 mil pessoas, em 2002, para 21 para cada 100 mil, em 2011. Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, há tendência de aumento, o que preocupa o governo – já o Centro-Oeste mantém comportamento similar ao da média do país.

Fonte: bol