Em
uma hora de entrevista exclusiva para o programa "Piers Morgan
Tonight", que vai ao ar na noite desta segunda-feira, o presidente
iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, falou de política a amor, de Israel a Líbia. Um
dos temas mais polêmicos, no entanto, foi sua opinião a respeito da
homossexualidade. Quando perguntado se negar os direitos aos gays não seria
negar o direito à liberdade em si, o presidente iraniano disparou:
- Você realmente acredita que as pessoas possam nascer homossexuais? Você acredita que alguém possa dar à luz através da homossexualidade? A homossexualidade acaba com a procriação. Se você gosta ou acredita em algo feio e se os outros não aceitam o seu comportamento, eles estão negando sua liberdade?
Insistente,
o apresentador Piers Morgan perguntou o que ele faria então se um de seus três
filhos fosse gay. Falando por meio de um tradutor, o presidente de 55 anos
disse que o "problema seria resultado da falta de educação
apropriada".
-
Uma educação apropriada deve ser dada. Se um grupo reconhece um comportamento
feio como algo legítimo, você não deve esperar que outros países ou outros
grupos lhe deem o mesmo reconhecimento.
Na
entrevista, o presidente iraniano também falou sobre o filme anti-Islã
"Inocência dos muçulmanos", que vem gerando protestos no mundo árabe.
-
Fundamentalmente e em primeiro lugar, condenamos qualquer ação que ofenda
pensamentos e sentimentos religiosos de qualquer pessoa. Da mesma forma,
condenamos qualquer tipo de extremismo. Naturalmente, o que aconteceu foi feio.
Ofender ao profeta é muito feio. E isto não tem nada, ou muito pouco, a ver com
liberdade ou liberdade de expressão. Esta fraqueza e o abuso de liberdade em
muitos lugares é um crime.
Quando
perguntado por Morgan se ele achava que os manifestantes deveriam parar de
ameaçar funcionários dos EUA no exterior, Ahmadinejad afirmou que não pode
dizer o que as outras pessoas ou nações deveriam fazer.
-
Mas nós também acreditamos que isso deva ser resolvido em um ambiente humano,
em um ambiente participativo. Não gostaríamos de que alguém perdesse a vida ou
fosse morto por qualquer motivo, em qualquer lugar do mundo.
Na
véspera da abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira,
Ahmadinejad criticou que alguns membros do Conselho de Segurança com direito de
veto "escolheram o silêncio em relação às cabeças atômicas de um regime
impostor enquanto ao mesmo tempo impedem o progresso científico de outras
nações", em referência ao Irã.
Mais
cedo, em entrevista a jornalistas em Nova York, Ahmadinejad disse ainda não
levar a sério que Israel possa lançar um ataque contra instalações nucleares do
país, negou que o governo envie armas à Síria e afirmou que a situação
econômica nacional não é tão ruim quanto parece mesmo com as sanções.
Fonte: Yahoo Notícias
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