Um
filme de ar misteiroso está dando o que falar nos EUA. Depois de ser exibido em
concorridos festivais independentes como o Sundance e o South by Southwest,
ambos no Tio Sam, o thriler psicológico “Sound of my voice” (som da minha voz)
estreou nas salas americanas com um número de cópias pequeno diante do tamanho
da sua repercusão.
No longa, que já ganhou elogios de publicações como
“Variety”, “USA Today” e “New York Times”, um jornalista e sua namorada se
infiltram num culto sombrio cuja líder afirma que veio do futuro.
A líder do misterioso culto, Maggie, fala com seus seguidores
Divulgação
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A
produção começou a ser exibida em poucas salas, mas deve ganhar mais espaço nas
próxiamas semanas. Seu conteúdo está gerando reflexão na imprensa
especializada. Antes mesmo de chegar ao circuito lá fora (não há informações
sobre uma estreia no Brasil), o longa do diretor estreante Zal Batmanglij
causou um certo alvoroço quando seus dez primeiros minutos foram divulgados na
web. O trecho mostra o casal Peter e Lorna sendo levado ao culto pela primeira
vez. Eles têm seus olhos vendados e são obrigados a trocar de carro, para não
saberem onde acontecem os encontros. Os dois também são orientados a tomar
banho antes de vestir roupas brancas especiais para participar do culto.
Toda
a cena é armada para a entrada “trinfal” de Maggie, a líder da seita. Ela chega
arrastando uma garrafa de oxigênio, senta-se e, com a voz mais encantadora do
mundo, conta sua história. Por mais difícil que seja crer no que ela ela diz,
as pessoas ao redor ficam totalmente entregues à empatia sincera da guru.
O
filme levanta questões sobre o poder da persuasão e até onde alguém é capaz de
chegar guiado pela confiança cega num líder religioso. Em “Sound of my voice”,
os seguidores fazem de tudo para satisfazer as vontades de sua comandante.
Fonte: O Globo
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