sábado, 12 de maio de 2012

O culto sombrio de ‘Sound of my voice’ gera debate nos EUA


Um filme de ar misteiroso está dando o que falar nos EUA. Depois de ser exibido em concorridos festivais independentes como o Sundance e o South by Southwest, ambos no Tio Sam, o thriler psicológico “Sound of my voice” (som da minha voz) estreou nas salas americanas com um número de cópias pequeno diante do tamanho da sua repercusão.
No longa, que já ganhou elogios de publicações como “Variety”, “USA Today” e “New York Times”, um jornalista e sua namorada se infiltram num culto sombrio cuja líder afirma que veio do futuro.

A líder do misterioso culto, Maggie, fala com seus seguidores Divulgação



A produção começou a ser exibida em poucas salas, mas deve ganhar mais espaço nas próxiamas semanas. Seu conteúdo está gerando reflexão na imprensa especializada. Antes mesmo de chegar ao circuito lá fora (não há informações sobre uma estreia no Brasil), o longa do diretor estreante Zal Batmanglij causou um certo alvoroço quando seus dez primeiros minutos foram divulgados na web. O trecho mostra o casal Peter e Lorna sendo levado ao culto pela primeira vez. Eles têm seus olhos vendados e são obrigados a trocar de carro, para não saberem onde acontecem os encontros. Os dois também são orientados a tomar banho antes de vestir roupas brancas especiais para participar do culto.

Toda a cena é armada para a entrada “trinfal” de Maggie, a líder da seita. Ela chega arrastando uma garrafa de oxigênio, senta-se e, com a voz mais encantadora do mundo, conta sua história. Por mais difícil que seja crer no que ela ela diz, as pessoas ao redor ficam totalmente entregues à empatia sincera da guru. 

O filme levanta questões sobre o poder da persuasão e até onde alguém é capaz de chegar guiado pela confiança cega num líder religioso. Em “Sound of my voice”, os seguidores fazem de tudo para satisfazer as vontades de sua comandante.

Fonte: O Globo